Por Léo Marques
Alguém, por favor, poderia avisar a Prefeitura, ao Governo do Estado e a todos os outros políticos de Salvador que ela é uma cidade turística? Eu acho que há muitos anos eles esqueceram desse pequeno detalhe. Andar pelo Centro Histórico, pela orla atlântica ou pela Barra é se deparar, constantemente, com uma paisagem totalmente degradada.
Vou começar com os dois pontos turísticos mais famosos de Salvador. Situados na chamada Cidade Baixa, o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda dividem suas imponências com casarões completamente abandonados. No local, com imensa concentração de mendigos, circulam por dia centenas de pessoas que vêm à capital baiana atraídas pelo seu conjunto arquitetônico histórico, pela cultura vibrante e pela orla.
Porém, a arquitetura antiga da cidade está caindo aos pedaços, com fachadas sujas, paredes e janelas quebradas, estruturas abaladas e muitas com pavimentos destruídos. Ocupando esses casarões estão mendigos, sem-tetos, traficantes e ladrões, pessoas que em nada ajudam na imagem que Salvador pretende ter de maior destino turístico do Brasil.
Antes que me joguem pedras, creio que a retirada dessas pessoas seja crucial para aquele trecho da cidade. Só assim ela poderá ser circulada de maneira mais tranqüila, ser contemplada em suas diversas fachadas e explorada de forma devida, cuidando e preservando esse patrimônio que é nosso, é da humanidade.
Esses casarões, colados uns nos outros, embaixo do Elevador Lacerda e em frente ao Mercado Modelo, poderiam ser desapropriados e transformados em pousadas, cafés, restaurantes e bares. Seria a Riviera Baiana. Quem conhece Salvador sabe que a beleza fascinante da Baía de Todos os Santos propiciaria, junto com esse cenário que vislumbrei, um ambiente capaz de atrair milhões de turistas.
Se não cuidarmos do nosso patrimônio continuaremos recebendo minguados 5 milhões de turistas por ano. Esses números, que incluem o Brasil inteiro, dado as nossas riquezas naturais, paisagísticas, históricas e de lazer, é pífio. A Espanha, por exemplo, recebe por ano quase 50 milhões de turistas. A França recebe 60 milhões. E olhe que somos um país de dimensão continental.
Mas se eu, que sou um cidadão da terra, acostumado com a cidade, fico horrorizado quando passo por aquela região, imagine para quem vem de fora, acostumado a países que cuidam de seu patrimônio, com ruas limpas, bem iluminadas, seguras e preservadas. Aqui você não vai encontrar nada disso.
Vou começar com os dois pontos turísticos mais famosos de Salvador. Situados na chamada Cidade Baixa, o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda dividem suas imponências com casarões completamente abandonados. No local, com imensa concentração de mendigos, circulam por dia centenas de pessoas que vêm à capital baiana atraídas pelo seu conjunto arquitetônico histórico, pela cultura vibrante e pela orla.
Porém, a arquitetura antiga da cidade está caindo aos pedaços, com fachadas sujas, paredes e janelas quebradas, estruturas abaladas e muitas com pavimentos destruídos. Ocupando esses casarões estão mendigos, sem-tetos, traficantes e ladrões, pessoas que em nada ajudam na imagem que Salvador pretende ter de maior destino turístico do Brasil.
Antes que me joguem pedras, creio que a retirada dessas pessoas seja crucial para aquele trecho da cidade. Só assim ela poderá ser circulada de maneira mais tranqüila, ser contemplada em suas diversas fachadas e explorada de forma devida, cuidando e preservando esse patrimônio que é nosso, é da humanidade.
Esses casarões, colados uns nos outros, embaixo do Elevador Lacerda e em frente ao Mercado Modelo, poderiam ser desapropriados e transformados em pousadas, cafés, restaurantes e bares. Seria a Riviera Baiana. Quem conhece Salvador sabe que a beleza fascinante da Baía de Todos os Santos propiciaria, junto com esse cenário que vislumbrei, um ambiente capaz de atrair milhões de turistas.
Se não cuidarmos do nosso patrimônio continuaremos recebendo minguados 5 milhões de turistas por ano. Esses números, que incluem o Brasil inteiro, dado as nossas riquezas naturais, paisagísticas, históricas e de lazer, é pífio. A Espanha, por exemplo, recebe por ano quase 50 milhões de turistas. A França recebe 60 milhões. E olhe que somos um país de dimensão continental.
Mas se eu, que sou um cidadão da terra, acostumado com a cidade, fico horrorizado quando passo por aquela região, imagine para quem vem de fora, acostumado a países que cuidam de seu patrimônio, com ruas limpas, bem iluminadas, seguras e preservadas. Aqui você não vai encontrar nada disso.
10 comentários:
Lamentável a situação de Salvador. No Pelourinho os turistas têm transitado somente pela manhã, com medo da abordagem de viciados, pedintes e outros estelionatários de plantão. Para completar a Orla está abandonada, sem policiamento. Quando o pessoal que está lá fora me diz que vem para a Bahia mando eles se dirigirem para a Chapada ou para Costa de Sauipe.
Mas não há problemas, pois se eles quiserem aportar em Salvador sugiro sempre um bom guia e à noite só sair dentro de um carro com os vidros fechados.
Mas não adianta clamar pelos políticos, são tão preguiçosos...
Abs....Alessandro
P.S. Sei que não nos conhecemos pessoalmente, mas gosto muito de seu blog e caso você se incomode com os comentários pode falar que não mais os redigirei.
P.S. E temos que tirar estes mendigos da rua e colocar este povo para trabalhar.
Valeu!!!
Que beleza esse blog. Seu estilo de escrever bem direto e didático. Uma delícia. E sua indignação com Salvador é valiosa. Salvador vem mal a muito tempo. Mas vai melhorar. Porque nós queremos que melhore.
Grande abraço.
Rian
Pois é Léo, Salvador precisa urgentemente de uma ação por parte dos políticos e da iniciativa privada para acabar com esses problemas. Ah, e os problemas não acabam no centro histórico. Como turista em Salvador, pude perceber como é deficiente a vida noturna da cidade. Enfim, acredito que tanto a população de Salvador quanto os políticos só se preocupam em oferecer o melhor aos turistas durante o carnaval, pois no restante do ano, a cidade fica entregue ao vento. O "bom" disso tudo é que, mesmo com todos esses problemas, Salvador é linda e merece ser visitada.
Abração Léo e seu blog está ótimo.
Esse tipo de crítica, tenho feito inclusive ao Rio de Janeiro, cidade onde vivo!
A cidade é divulgada como a cidade maravilhosa, mas as belezas estão se escondendo ataz de pixassões e de desordem!
Infelizmente, nossos políticos não se prendem as esses detalhes tão importantes!
Sem contar a violência, que é um cartão postal dos mais negativos!
Eu, a menos de 1 semana, fui vítima de uma falsa Blitz, o que me amedrontou mais e mais!
E dia 12 de Dezembro, estou deixando o Rio em definitivo, infelizmente!
Abração
gatooooooo
tô sem internet em casa, daí nao tive tempo ainda de ler direito o teu blog, mas já coloquei link no meu blogroll
beijos!
aí Leo,
Gostei muito dessa postagem que vc fez cara...me identifiquei bastante, porque falar sobre cidades, urbanização, é meu passa-tempo favorito. Adorei a crítica...éla mostra um panorama incrível do rumo que o país está tomando em geral quanto a falta de cuidado com o patrimônio cultural, não só com Salvador, mas até mesmo com São Paulo; se há algo de belo nas antigas edificações paulistanas hoje, isso é resultado de enormes contendas na assembléia legislativa (algo que deveria ser desnescessário).
Temos que fazer esses caras acordarem.
Olá, Léo! Concordo profundamente com tudo o que você escreveu. E digo mais: Salvador precisa, antes, cuidar do seu patrimônio humano, especialmente daqueles que, muitas vezes, se servem do patrimônio arquitetônico e colaboram com a sua destruição. Também me deprimo ao ver a decadência de uma área tão importante para a memória da nossa cidade. Inclusive, fiz uma matéria sobre o abandono do patrimônio arquitetônico da Baixa dos Sapateiros, outra área totalmente degradada e entregue ao descaso das "autoridades". Posso lhe entregar um exemplar da edição 11 do Jornal da Facom, se tiver interesse. Continue denunciando essas barbaridades. Abraço e até mais!
Muito bacana o seu blog! Discussões pertinentes, textos bem escritos. E quanto a Salvador, a falta de atividades culturais tem me irritado bastante. A situação está tão complicada que os poucos eventos gratuitos estão se tornando impraticaveis. O show da cantora paulista Céu, que aconteceu no Pelourinho no último sábado, é um ótimo exemplo disso. Só quem chegou bem antes do horário marcado para o início do show conseguiu entrar e uma enorme quantidade de pessoas acabou voltando pra casa.
(Não publique este comentário no post acima. Coloquei em lugar errado)
É interessante a visão que moradores têm de suas cidades turísticas.
No fundo, no fundo, acho que você tem razão. E Salvador não é caso isolado não!
De qualquer forma, ainda que os nativos se espantem, turistas hão de ficar sempre encantados. Ainda mais com sua cidade, que é fascinante!
Feliz Natal!
http://euzer.lopes.fotoblog.uol.com.br
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